Todos nós vivemos acontecimentos extraordinários, conhecemos pessoas especiais, presenciamos momentos irrepetíveis. O problema é que, quando começamos a crescer, começamos também a esquecer muitos desses acontecimentos, dessas pessoas, desses momentos. É para isso que servem os Diários. Para guardar a nossa memória. Um dia, resolvi chamar o menino que já fui à escrita e pedi-lhe para escrever algumas das coisas de que ele ainda se lembra: os colegas, a avó, o pai, as múltiplas e, por vezes, contraditórias aprendizagens de que é feito o nosso crescimento. E assim nasceu este Diário que é um bocadinho verdadeiro e um bocadinho inventado e que foi escrito pelo menino já crescido que sou."
É o próprio José Fanha que assim fala sobre o seu livro que apresentámos aos nossos jovens em Monção. Um texto de grande fluidez e capacidade comunicativa que aproxima o discurso literário do quotidiano escolar: estabelece-se uma cumplicidade entre o leitor e o escritor quando este partilha as suas experiências naquela mesma idade. Mas os temas não são inocentes. Criam atmosferas emocionais importantes para uma educação sentimental e tocam em assuntos sérios como o Racismo, o Machismo ou ainda a Morte (como em "Para sempre"- um belo e tocante texto). Eis algumas das razões que nos levaram a escolher esta obra como um dos nossos "livros de mão".
Fonte:
Publicada por Miguel Horta no Blog tasse a ler em
18:37 educação sentimental,
José Fanha,
livros
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