O BAÚ DAS LETRAS

Livros, Leituras e muito mais...

sábado, 30 de abril de 2011

A propósito do, Ano Europeu do Voluntariado deixamos aqui um texto de motivação, antecipando um destaque bibliográfico que a Biblioteca dará a este tema.

"Ser voluntário é....
É regar todos os dias seres para conseguirem ter a capacidade de semearem brincadeiras e florirem sorrisos. É tornar radiantes os dias de chuva e colorir momentos marcantes.
Ser voluntário é ser uma torrada quente que salta todos os dias numa linda manhã para alimentar quem mais necessita. É fantasiar um mundo feliz e alegre para evitar medos e receios e criar felicidade. É mostrar que voar, pular, brincar e ajudar é importante.
É partilhar um coração com vários coraçõezinhos, é despertar o bom que há em nós e nos outros, é ajudar e ser ajudado, é estar presente, é dedicar e aprender. Ser voluntário é ser responsável, interessado e corajoso, é ter sentimentos, é demonstrar que se pode ter valor e ser um diamante nos bolsos dos outros, é ser bondoso sem receber nada em troca, é ter um coração GIGANTE, é sentir-se útil.
Ser voluntário é ter alguém com quem falar e ajudar, é uma maneira de relativizar os próprios problemas e dar atenção a outros mais graves. É tentar dar o dia de amanhã, ontem ou hoje.
Ser esta fantástica pessoa é mostrar que quem espera sempre alcança e que nesse dia irá estar presente sem perder a esperança, sonhando com o final feliz que todos esperam a cada segundo que passa".


quinta-feira, 28 de abril de 2011

AOS SÁBADOS ACONTECE… BAÚ DAS LETRAS!

Com atenção e coração, o Baú das Letras volta a confeccionar novas histórias, para todas as idades, com ingredientes de e para sempre e que acrescentam sabor às histórias (fadas, bruxas e duendes, princesas, reis, animais e alguns monstros; florestas, palácios e castelos, desertos e países distantes; aventuras da cidade e do campo; objectos mágicos e outros que estão perto de ti e falam connosco).

Nesta arca de piratas ou de avós, velhas e novas histórias, famílias, leitores e contadores esperam por ti!

Aconteceu no dia 9 de Abril…

histórias que saltaram das páginas e ganharam volume com fantoches e vida com todos os que puderam contar, ler e ouvir…



Aconteceu no dia 16 de Abril…

a festa dos animais com a leitura destas obras, de entre outras:

Fábulas de La Fontaine

As mais belas fábulas de Esopo

Os dois corvos de Aldous Huxley

História da ressureição do papagaio de Eduardo Galeano

A girafa que comia estrelas de Eduardo Agualusa

Um gato na árvore de Pablo Albo

Dinossaúrio Belisário de Pepe Caccámo

O dinossauro de Manuela Bacelar

Tio Lobo

Selma de Jutta Bauer

O livro dos porquinhos de Anthony Browne
Público-alvo: crianças

Horário: das 15:30 às 19:00
    
Projecto Columbinas por MIGUEL HORTA

  


Pela manhã os meninos de cabanas (Tavira) juntaram palavras em pequenos poemas ao jeito de Haikus usando a “Máquina da Poesia”. Depois lá fomos para o pombal com os nossos papelitos poéticos dobrados para enviar aos meninos da escola da Porta Nova. Os columbófilos colocaram cuidadosamente as nossas mensagens nas patas dos pombos – correio. Entretanto fui lendo textos de António Torrado, Álvaro de Magalhães e Fernando Pessoa aos meninos e meninas expectantes enquanto se procedia à delicada operação. À hora combinada soltámos os pombos em direcção de Tavira. Depois foi o tempo de espera, espreitando o céu, a ver se chegavam as mensagens dos amigos da Porta Nova. Lá vêem! O bando descreveu uns quantos círculos em torno do pombal. Guilherme, o jovem columbófilo de Cabanas assobiou (de um modo particular) para convencer as columbinas a entrar na sua casa. Como os meninos estavam muito tranquilos, os pombos aterraram sem medo com as mensagens esperadas. O senhor Parra explicou muito bem a natureza da Columbofilia, entregando as mensagens chegadas a cada um dos meninos. Depois foi o tempo de leitura dos poemas que nos chegaram dos céus. Assim se vive a “Maré de Contos”, um evento que junta a promoção do livro e da leitura à narração oral. Por cá têm estado Thomas Bakk, os Contabandistas, Vítor Correia, José Fanha, Tixa, Mare, Senhor Gomes (…) Amanhã contarei histórias na freguesia rural de Cachopo e escutarei junto com Thomas os cantares do Algarve… Talvez me lembre de uma "Parte" do Alvor
Extraído do blog do mediador e autor - http://miguel-horta.blogspot.com

Para quem não conhece este contador (ou esta sua faceta como artista da expressão oral), e enquanto não tem a oportunidade de o ouvir, mas quer perceber por que o talento e a experiência são duas dimensões de um mediador extraordinário, aconselhamos a leitura desta descrição do seu percurso …

Miguel horta é um pintor, que escreve e ilustra os seus livros ao sabor do levante que sopra pela ria e pelos duros arrifes do barlavento. Desde criança que teve o contacto decisivo com o mar e com todos os mentirosos imaginativos que seguiam a bordo da embarcação. Depois, quando não havia oceano, existiam os livros com todo aquele mundo para ser lido através dos olhos dos outros.

Talvez mais importante que os peixes, sejam as pessoas com as suas histórias; foi assim que se embrenhou pelo interior do país descrevendo outras vivências que podemos escutar nos seus textos ilustrados e nos contos partilhados.

Provavelmente essa preocupação com o outro, em textura social, o tenham transformado num promotor do livro e da leitura reconhecido por todos que acolhem as suas oficinas educativas em bibliotecas ou intervindo directamente em bairros problemáticos.

A maré deixou-nos este mediador cultural pousado nas areias da nossa praia como se fosse um salvado do mundo contemporâneo.

sábado, 16 de abril de 2011

Histórias da Butónia por NATÁLIA TOST

Mediadora de leitura, que combina como ninguém o amor à palavra e à costura… eis Natália Tost! Não há botão que lhe escape e, portanto, ela conta histórias da Butónia, a boneca que poderão ver nas fotografias e que abaixo vos apresentamos…

Livros gigantescos ou anões (os bebezudos) são “de perder a cabeça”! Fofinhos, mas também estimulantes para os sentidos dos bebés e dos mais pequenos (ou de todos nós, no fundo, que somos transportados para este mundo da fantasia onde tudo é possível) os seus livros são, per si, verdadeiros objectos artísticos.



domingo, 3 de abril de 2011

Contos algarvios pelo grupo BAÚ DAS LETRAS





O grupo Baú das Letras revitalizou os “Contos Algarvios” de Ataíde Oliveira numa sessão na Biblioteca Municipal e descobriu-se, por exemplo, que o conto tradicional “Tia Miséria”, na recolha deste que é um dos principais autores da História e tradições orais da região, elege a pereira (e não a figueira) como a árvore amada e protegida da protagonista e outras curiosidades que dão à leitura desta obra um sabor muito especial.
Vozes mais velhas e mais novas aqueceram-se num cenário tipicamente algarvio onde não faltaram as alfarrobas, figos ou medronho junto à lareira, num serão intimista a evocar as noites tradicionais da região.




Maré dos Contos – 2011


Na sua 4ª. edição, a Maré dos Contos voltou “a dar que falar”, o que neste caso significa, que contar e ouvir. Durante uma semana (de 21 a 27 de Março), a cidade acordou com workshops, feira do livro, música e teatro e o dia ganhou mais horas com contos e poesia. De crianças a adultos, espalhou-se o feitiço literário por todas as idades e muitos espaços. Reviram-se certas figuras já conhecidas dos leitores, partilharam-se textos e autores, (re)descobriram-se outros e as vozes dos contadores suspenderam o tempo no coração dos ouvintes. A festa do livro e do património oral começou no dia 21 e prolonga-se na memória dos participantes muito para além desta data…Para quem ainda não conhece o evento, a nossa sugestão é que saiba mais sobre os convidados e entidades envolvidas no site http://www.maredecontos.com/

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dia Internacional do Livro Infantil - 2011


Cartaz da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, encomendado ao ilustrador Bernardo Carvalho no DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL-Dia 2 de Abril -2011


MENSAGEM PARA ESTE DIA


O livro recorda Aino Pervik "Quando Arno e o seu pai chegaram à escola, as aulas já tinham começado." No meu país, a Estónia, quase toda a gente conhece esta frase de cor. É a primeira linha de um livro intitulado Primavera. Publicado em 1912, é da autoria do escritor estónio Oskar Luts (1887-1953). Primavera narra a vida de crianças que frequentavam uma escola rural na Estónia, em finais do século XIX. O Autor escrevia sobre a sua própria infância e Arno, na verdade, era o próprio Oskar Luts na sua meninice. Os investigadores estudam documentos antigos e, com base neles, escrevem livros de História. Os livros de História relatam eventos que aconteceram, mas é claro que esses livros nunca contam como eram de facto as vidas das pessoas comuns em certa época. Os livros de histórias, por seu lado, recordam coisas que não é possível encontrar nos velhos documentos. Podem contar-nos, por exemplo, o que é que um rapaz como Arno pensava quando foi para a escola há cem anos, ou quais os sonhos das crianças dessa época, que medos tinham e o que as fazia felizes. O livro também recorda os pais dessas crianças, como queriam ser e que futuro desejavam para os seus filhos. Claro que hoje podemos escrever livros sobre os velhos tempos, e esses livros são, muitas vezes, apaixonantes. Mas um escritor actual não pode realmente conhecer os sabores e os cheiros, os medos e as alegrias de um passado distante. O escritor de hoje já sabe o que aconteceu depois e o que o futuro reservava à gente de então. O livro recorda o tempo em que foi escrito. A partir dos livros de Charles Dickens, ficamos a saber como era realmente a vida de um rapazinho nas ruas de Londres, em meados do século XIX, no tempo de Oliver Twist. Através dos olhos de David Copperfield (coincidentes com o olhar de Dickens nessa época), vemos todo o tipo de personagens que ao tempo viviam na Inglaterra — que relações tinham, e como os seus pensamentos e sentimentos influenciaram tais relações. Porque David Copperfield era de facto, em muitos aspectos, o próprio Charles Dickens; Dickens não precisava de inventar nada, ele pura e simplesmente conhecia aquilo que contava. São os livros que nos permitem saber o que realmente sentiam Tom Sawyer, Huckleberry Finn e o seu amigo Jim nas viagens pelo Mississippi em finais do século XIX, quando Mark Twain escreveu as suas aventuras. Ele conhecia profundamente o que as pessoas do seu tempo pensavam sobre as demais, porque ele próprio vivia entre elas. Era uma delas. Nas obras literárias, os relatos mais verosímeis sobre gente do passado são os que foram escritos à época em que essa mesma gente vivia. O livro recorda.

Tradução: José António Gomes

Nascida em 1932, na Estónia, Aino Pervik publicou cerca de meia centena de livros para crianças, a par de poesia e narrativas para adultos. Distinguida com vários e prestigiosos prémios e traduzida em diversas línguas, obras suas têm sido adaptadas ao teatro e ao cinema. A velha mãe Kunks, Arabella, a filha do pirata, Paula aprende a sua língua (integrado numa série protagonizada pela mesma personagem), são apenas três dos seus títulos mais conhecidos.

A Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People), difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil), Secção Portuguesa do IBBY.





IBBY - International Board on Books for Young People


é uma organização, sem fins lucrativos, que representa uma rede mundial de pessoas comprometidas em aproximar crianças e livros.

Com muitas e diversas actividades, esta organização atribui aquele que é considerado o maior prémio internacional na área da literatura infanto-juvenil: o Prémio Hans Christian Andersen (modalidade da escrita e ilustração).




Apresentamos, de seguida, os vencedores deste enorme reconhecimento literário, na vertente da escrita, desde que o prémio foi instituído:


Vencedores 1956-2010

(modalidade: escrita)

2010 David Almond (UK)

2008 Jürg Schubiger (Switerzland)

2006 Margaret Mahy (New Zealand)

2004 Martin Waddell (Ireland)

2002 Aidan Chambers (UK)

2000 Ana Maria Machado (Brazil)

1998 Katherine Paterson (USA)

1996 Uri Orlev (Israel)

1994 Michio Mado (Japan)

1992 Virginia Hamilton (USA)

1990 Tormod Haugen (Norway)

1988 Annie M. G. Schmidt (Netherlands)

1986 Patricia Wrightson (Australia)

1984 Christine Nöstlinger (Austria)

1982 Lygia Bojunga Nunes (Brazil)

1980 Bohumil Riha (Czechoslovakia)

1978 Paula Fox (USA)

1976 Cecil Bødker (Denmark)

1974 Maria Gripe (Sweden)

1972 Scott O'Dell (USA)

1970 Gianni Rodari (Italy)

1968 James Krüss (Germany) José Maria Sanchez-Silva (Spain)

1966 Tove Jansson (Finland)

1964 René Guillot (France)

1962 Meindert DeJong (USA)

1960 Erich Kästner (Germany)

1958 Astrid Lindgren (Sweden)

1956 Eleanor Farjeon (UK)