O BAÚ DAS LETRAS

Livros, Leituras e muito mais...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tomas Bakk

Tomas Bakk 1ª parte

Contador de Histórias Tomas Bakk-2ª Parte

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Nova entrevista com Mauricio Leite



Tendo a literatura como destino
Estradas de terra em campos minados, longas viagens em uma frágil canoa, noites sem luz, dias e dias em lugares isolados. Para promover o livro e a literatura, o mato-grossense Maurício Corrêa Leite sempre enfrentou desafios assim. Aos 54 anos, esse educador errante já passou por maus bocados. Em 2008, por exemplo, pegou malária em Angola. Mas nada disso o impede de seguir sua trajetória. Ao contrário. Como ele conta ao site do Instituto C&A, em entrevista concedida por telefone de sua casa em Cascais, Portugal, os desafios o impulsionam sempre mais.

“Quando vou trabalhar num lugar, escolho sempre o pior. Em Angola, por exemplo, trabalho em escolas que não têm quadro, não têm giz, não têm nada. As crianças escrevem com o dedo no chão, fazem contas com pedrinhas e nunca viram livro na vida. Mostrar o livro pela primeira vez para uma criança e participar desse momento de sua vida é um privilégio. O livro é a única janela que pode abrir o mundo para que ela veja uma outra realidade além da sua”, diz ele.

Das inúmeras experiências vividas em Angola, Leite cita um episódio ocorrido há pouco tempo, quando chegou a um vilarejo solitário bastante distante de Luanda. Depois de balançar três dias num carro por estrada de terra batida, depois de passar por um parque natural de leões, ele não foi bem recebido.

“As crianças dessa região nunca tinham visto um branco e há uma lenda do tempo da colônia que conta que existia um português que cortava a cabeça das crianças que ficassem zanzando pelas matas. Elas me viam e corriam. Com os dias, fui me aproximando e, no final da semana, já estava amigo das crianças. Elas sabiam meu nome, o nome das histórias e dos livros que li”, relembra.

Além de realizações inesquecíveis, o trabalho de Leite em Angola lhe rendeu uma indicação ao Astrid Lindgren Memorial Award. Instituído pelo governo sueco e atribuído anualmente, o prêmio é considerado o mais importante da literatura infantil de todo o mundo. “Essa indicação me envaidece por ter sido feita pelo governo de Angola”, diz Maurício.

Acompanhe abaixo um pouco mais da história desse educador, que leva a vida promovendo o livro e a literatura.

Instituto C&A – Qual foi seu percurso para chegar à área de promoção da literatura?Maurício Corrêa Leite – Sou formado em teatro e andava com uma dessas malas que têm boneco, fantoche, maquiagem e fantasia. Como tinha sido professor e sempre trabalhei com movimentos ligados a causas sociais e à educação de minorias, qualquer dinheirinho que conseguia era para comprar livro. Um dia, olhei para minha mala e pensei: isso aqui dá uma bela biblioteca. Empurro a parte de teatro para cá, ponho os livros aqui e pronto! Criei essas bibliotecas itinerantes por uma necessidade, por um desespero: queria saber como uma quantidade menor de livros poderia atingir uma quantidade maior de crianças, num tempo menor e com um custo mais baixo.

Instituto C&A – Por onde sua mala já andou?MCL – Comecei a trabalhar com a mala de leitura em 1980, na Ilha do Bananal (atual estado do Tocantins), em aldeias indígenas e escolas da zona rural. A mala andou pelas capitais brasileiras e pelo interior do país. Em 1990, tornei-me fellow da Ashoka, que me abriu uma porta internacional. Meu trabalho fora do país começou nos Estados Unidos e foi para o México, África, Portugal e Espanha.

Instituto C&A – Como você define seu trabalho?MCL – O que tento fazer de uma forma menos poética e mais científica é despertar nas pessoas o gosto pela leitura. Sem blá-blá-blá, teatrinho, bonequinho, dancinha... O objeto principal do meu trabalho é o livro.

Instituto C&A – Você se coloca como um profissional da mediação da leitura?MCL – Não sou mediador de leitura. Sou promotor de leitura, incentivador de leitura. Acho que mediador de leitura é uma profissão que não existe. Se você é leitor, pode passar aquele prazer que adquiriu para outras pessoas. Por que mediar? No tempo em que você está mediando, vá lá e forme um leitor.

Instituto C&A – E é possível formar um leitor? Há caminhos a serem seguidos?MCL – Acho que sim. Para isso, tem que ter livros e um plano de trabalho, um programa para o livro. Tem que saber até onde você vai levar esse leitor. Eu trabalho com a criança como se fosse o último dia da minha vida, porque não sei quanto tempo vou ter ali para alimentar aquela fome de livro e de leitura nela. Faço o trabalho como se fosse a última vez. Mais do que ficar falando da importância de ler, é fundamental sentir na pele o prazer e o gosto da leitura. Não vejo outras palavras quando se vai trabalhar com leitura: prazer e gosto. É sempre importante lembrar que a literatura não é uma coisa técnica. É arte e é prazer. E você não pode dar um prazer mecânico. Você não pode dar uma coisa que não tem. Se não aconteceu com você, não pode acontecer com outro. Não é verdadeiro.

Instituto C&A – Seu trabalho é desenvolvido junto a escolas?MCL – Mais do que escola, gosto de trabalhar com a família. Pai, mãe, avó, avô... O pai, por mais simples que seja, uma vez convencido de que aquilo que você está fazendo é bom para o filho dele, será seu aliado. Acho que isso diferencia um pouco meu trabalho: a possibilidade de falar para as famílias. Na Ilha do Bananal, por exemplo, eu falava depois da missa, quando a comunidade estava toda reunida, ou ia a associações de moradores antes da reunião e lia uma história para eles, ou no conselho de índio da aldeia. Sempre fui buscando mostrar para os pais o que o filho ganharia se eles apoiassem esse trabalho.

Instituto C&A – Por que ler literatura?MCL – A literatura te permite conhecer as emoções humanas profundamente. Lendo um livro a gente fica triste, alegre, às vezes até tem ideias e complementa a história. Acho que esse é o grande ganho que você tem: poder elaborar as emoções humanas. A leitura vai te dar conhecimento e um monte de outras coisas. Lendo, você vai aprender mais, vai ficar mais culto. Mas isso não é o mais importante. Isso tudo é o resíduo que a literatura deixa. A literatura é legal porque trata da emoção humana.Outra coisa muito legal que o livro estimula é a concentração, que é fundamental para tudo na vida. Para ler um livro, você tem que ter concentração. Só assim você vai ter aquele abandono de se atirar numa poltrona e ficar duas horas ali. Sozinho, com o livro na mão, sem estar sozinho nem por um segundo. Acho uma bobagem aquelas propagandas que dizem “quem lê viaja” e não sei mais o quê. A leitura traz o conhecimento. Você pode não ter tido o privilégio de estudar muito na vida, de ter tido instrução, que é o que a escola dá. Mas cultura é com o livro. As pessoas me falam que eu tenho muito tempo para ler. Eu respondo: tempo para ler eu não tenho, mas eu roubo tempo do dia para a leitura.

Instituto C&A – Como se lê uma história?MCL – Quando você assume o papel de apresentar um livro, tem de ter um certo preparo, fazer bem a lição de casa. Tem de conhecer o livro e o ritmo das palavras, não mudar as vírgulas do lugar, ler as reticências nos tempos normais... O livro é sua partitura. Se você der uma pausa além daquela que o autor indicou, pode mudar todo o sentido da história naquele momento. Tento ser sempre fiel à música do livro. É para rir naquele momento? O autor quer que a criança sinta muita alegria, quer que o leitor fique mais reflexivo, quer que sinta uma pontinha de saudade? Ele diz. É como cantar uma música. Cantar a música que o autor compôs.

Instituto C&A – Como diferencia a prática da leitura da prática da contação de histórias?MCL – Ouvir histórias forma o ouvinte. Todo mundo conta história o tempo todo e a gente gosta de ouvir. Se você está num ponto de ônibus e alguém está contando uma boa história, você ouve. Acho que é natural da gente contar e ouvir histórias. Isso é uma coisa. É um universo que eu acho lindo, mas não trabalho com ele por não ter tanto repertório e por achar que não tenho tanta graça assim. Trabalhar com o livro é outra coisa.

Instituto C&A – O que te motiva a fazer esse trabalho de promoção da leitura?MCL – Não sei fazer outra coisa, nunca fiz outra coisa na vida. Sempre gostei muito de ler. No primeiro dia em que eu fui à escola, cheguei em casa, arrumei as cadeiras que minha mãe tinha na sala de jantar, peguei giz e quadro negro e alfabetizei aquelas cadeiras todas. Sentava na cadeira, fazia pergunta, voltava, vinha, fazia papel de professor e respondia. Logo depois comecei a escrever cartas para a minha avó, que tinha muitos filhos. Também escrevia cartas para um senhor que morava perto da minha casa. Ele tinha um problema na mão e sempre me pedia para escrever para seus parentes na Bahia... Foi assim que eu comecei a escrever e a ler cartas. Na igreja, ajudava as senhoras que não enxergavam ou não sabiam ler. Lia para elas as coisas da Bíblia, das rezas, das orações...

Instituto C&A – E como você se tornou um leitor?MCL – Com 11 anos, li Monteiro Lobato. E você não lê Monteiro Lobato impunemente. Você vira leitor. Quando você lê Monteiro Lobato, já fica pronto para a vida!

Instituto C&A – O que acha da literatura infanto-juvenil do Brasil atual?MCL – O Brasil é um dos melhores e maiores países do mundo em qualidade de escritores e ilustradores. A gente exporta e esbanja talento. Escritoras como Ana Maria Machado e Lygia Bojunga Nunes são traduzidas em tantas línguas que eu nem saberia dizer. É muito bom poder trabalhar num país que tem essa boa literatura, desde Monteiro Lobato até aqui. As poesias da Roseana Murray, os livros da Stella Maris Rezende, os livros do Bartolomeu Campos de Queirós... Nossa, são de arrepiar o cabelo de lindura! Os livros da Lygia Bojunga Nunes... A Marina Colasanti com aqueles contos de fadas fantásticos. A Cora Coralina, que escreveu para criança, o Drummond, que escreveu para criança, o Jorge Amado, que escreveu para criança... É muito fácil fazer esse trabalho no Brasil. Mas esse é o tipo de trabalho que não dá para maquiar. Ou você é leitor a ponto de se empolgar tanto e querer dividir aquilo, ou não sai.

Instituto C&A – E a atual situação da leitura de literatura no Brasil, como você vê?MCL – Tem uma passagem no livro “Admirável Mundo Novo” (de Aldous Huxley, Editora Globo, 2009) que sempre uso como exemplo. Tudo ali era dividido por classes. Um dia, os filhos dos pobres da classe operária são levados a uma biblioteca muito linda, com livros lindos, encadernações lindas. E toda vez que eles tocam no livro, o livro dá um choque, que é para eles saberem que aquilo não é para eles. Eu acho que até hoje ainda dão esse choque na população brasileira. Há muito discurso, mas não acredito que o livro seja visto como uma coisa fundamental. É claro que o Brasil tem problemas sérios, como saúde, mas tudo passa pela cultura, pela leitura, pela informação.

Instituto C&A – Que dicas daria para cativar o leitor iniciante?MCL – Usar a técnica que aprendi com minha professora Francisca Nóbrega: levar o livro certo para a pessoa certa na hora certa. O que serve para João provavelmente não encantará Maria, se João gosta de aventura e Maria é mais romântica... Se você vai trabalhar com criança, preste atenção em cada uma. Se o Miguel de 7 anos vem de uma casa onde se lê e ele já tem uma certa prática de leitura, pode ter mais maturidade do que o Pedro, que tem 9 anos, mas não tem prática de leitura. O Brasil adota muito o critério de faixa etária para trabalhar leitura, o que é uma coisa errada. Isso quem inventou foi quem vende livro. Eu não vendo livro, eu vendo leitura.

Instituto C&A – Alguma indicação de leitura para jovens que trabalham com o incentivo à literatura?MCL – O livro “Gostosuras e Bobices”, de Fanny Abramovich (Scipione, 1994). Ali tem tudo para quem quer fazer um trabalho de promoção de leitura e ficar à vontade com esse mundo. É minha bíblia.(Por Lucila Rupp)


Fonte:





e mais :



Brincar com os livros para estimular a leitura das crianças



O livro é um jogo desde o nascimento do bebê. Um livro nas mãos de uma criança pode levá-la a voar por mundos de fantasia, imaginação, de magia... e chegar a transformar este encontro em um verdadeiro turbilhão de sensações, vozes e ruídos. É que um livro é também uma grande ferramenta de jogo, e como tal, tem que estar presente na vida de uma criança desde seu nascimento.
Um gesto tão simples como ler um conto para uma criança pode eternizar uma afeição (hobby) enriquecedora durante toda a sua vida. GuiaInfantil.com encontrou um material importante sobre como converter o livro num brinquedo.
Cinco idéias para brincar con um livro



O JOGO DAS VOZES
Qualquer conto por pequeno que seja, pode transformar-se num jogo de vozes e ruídos. As mudanças de tons, encantam aos pequenos: as vozes agudas, as graves, as que imitam as crianças, a uma bruxa, os sons da água, do vento, dos animais... Assim aprendem a identificar aos distintos personagens: os bons, os maus, os mais jovens ou os mais velhinhos. O certo é que qualquer elemento criativo captará sua atenção! Nota: Para crianças de 0 a 8 anos.



DESENHE A ESTÓRIA
Só são necessários lápis de cores, cartolinas e um narrador. O jogo consiste em que as crianças representem as distintas sequências do conto: o começo, meio e o fim. Podem fazer quantos desenhos quiserem. O importante é deixar sua criatividade livre. Além disso, observando seus desenhos pode-se aprender centenas de coisas: o que mais as chamam a atenção será o maior, e o que menos gostam o omitirão ou serão muito pequenos...Os encantarão ter suas próprias ilustrações dos contos! Nota: Para crianças de 3 a 8 anos. A partir dos 6 anos também se pode propor que escrevam pequenos textos no rodapé dos desenhos, assim fabricarão seus próprios contos.



FAZENDO TEATRO
É hora de tirar do baú: um guarda-chuva, umas luvas, colares de plástico, cintos ou um colete. Qualquer roupa antiga será o perfeito disfarce. Também ajudará um set de maquilage infantil para caracterizar uns bigodes, uma cicatriz ou para "envelhecer" o semblante. Representarão o seu conto favorito!
Nota: Para crianças de 5 a 8 anos. A partir dos 7 anos também pode-se propor que escrevam um pequeno roteiro para adaptar a história do livro.



O SUPER DETETIVE
Se o que se quer é desenvolver sua atenção, só tem que sugerir a eles que sejam um "super detetive". O jogo consiste em buscar pistas secretas: podem ser cores, palavras que comecem por A, ou B, palavras no plural, no masculino, no feminino, palavras que escrevam com H. Pode estabelecer um limite de tempo ou de palavras e no final pensar em uma grande recompensa...Que tal sua sobremesa favorita? É fantástico para a ortografia, o vocabulário e a linguagem!
Nota: Para crianças de 7 a 12 anos. Cada detetive tem que ter seu próprio livro de detetive e uma caneta para poder anotar todas as pistas. Se muitas crianças participam, cada um pode utilizar uma caneta de cor diferente.



INVENTANDO OUTRO FINAL
Com certeza deve haver algum livro com um final pouco divertido, assim que a solução é combinar com toda a família um final perfeito. Cada um apresenta sua idéia e entre toda a família se decide que "pedaço da história" é o melhor. É uma forma de conversar sobre um livro: os personagens, o contexto, as diferentes situações, etc. O jogo pode se complicar em função da idade dos participantes.
Nota: Para crianças de 5 anos em diante. Este jogo não tem idade e com certeza existem centenas de finais para serem modificados.

Escrito por GuiaInfantil.com Brasil google_protectAndRun("render_ads.js::google_render_ad", google_handleError, google_render_ad);

Fonte:


http://br.guiainfantil.com/leitura-infantil/83-brincar-com-os-livros-para-estimular-a-leitura-das-criancas.html

Estímulos á Leitura Infantil


Conselhos de como aproximar nossos filhos aos livros e à leitura
Todos sabemos que o hábito da leitura é um grande estímulo à criatividade, imaginação, inteligência, e à capacidade verbal e de concentração das crianças. Sabemos também que os livros deveriam estar presentes no dia-a-dia das crianças, do mesmo modo que seus brinquedos. Os livros nos enriquece a todos e nos leva a mergulhar em aventuras, histórias, e em riquíssimas informações.
O livro é uma grande janela para a formação em todos os sentidos. Poderíamos estar falando e falando acerca dos benefícios do livro para as crianças, mas não pararíamos jamais. O importante é ter claro que os livros são importantes, mas o ato de ler, se possível todos os dias, é o que levará seu filho a este cantinho tão gostoso que é a aventura do saber, do conhecer, e do descobrir. Além disso, se os pais compartilham o momento da leitura de um livro com os filhos, estarão estabelecendo um laço especial entre ambas as partes.
Um leitor não nasce, se faz
O interesse pela leitura deve-se inculcar desde o berço, e tratar com persistência e dedicação, que se converta num hábito. É fundamental para as crianças que aprendam a buscar conhecimentos mediante a leitura desde a mais tenra idade. As crianças devem ouvir estórias o quanto antes possível. Recomenda-se, entretanto, que o façam com disciplina, ou seja, tendo preconcebida uma hora ao dia para fazê-lo. Poderia ser na hora de dormir, ou depois de comer, e longe de qualquer distração.
Não é necessário esperar que uma criança leia para que ela possa ter contato com os livros. Existem livros para todas as idades. Livros só com ilustrações, para que os pais vão indicando o nome de cada figura e fazendo com que o bebê repita. Há livros com vocabulários, ou seja, que além da imagem, leva também o nome embaixo da mesma, para que o bebê vá visualizando as letras e as palavras. E os livros com texto e ilustrações para as crianças que já sabem ler.
Os pais de crianças que ainda não sabem ler, devem ler uma ou mais vezes, conforme seus filhos lhes peçam. Não devem limitar seus gostos. Que leiam o que lhes interessam, seja o que seja.
Os pais devem valorizar o momento da leitura dos filhos. Valorizar e diversificar os temas falando deles com as crianças, favorecendo todo tipo de livro, seja do material que for (papel, cartão, plástico, etc.), e valorizar o tempo que as crianças dedicam à leitura.
Os benefícios da leitura para as crianças
Os benefícios do livro para as crianças são incalculáveis e para toda a vida. Leva a criança a querer ler, a buscar saber, a adentrar-se no mundo da arte, do desenho e da imagem através das ilustrações. Aumenta sua habilidade de escutar, desenvolve seu sentido crítico, aumenta a variedade de experiências, e cria alternativas de diversão e prazer para ela.
De passagem, a criança aprende a converter facilmente as palavras em idéias, imagina o que não viu e faz com que consiga mergulhar na situação emocional do personagem, provando sensações como o perigo, o mistério... A criança se diverte ou chora através dos livros. Além disso, a criança aprende valores comuns. O de ser uma criança boa e amiga, por exemplo, como Peter Pan. A criança desenvolve consciências conhecendo a si mesma, formando critérios, sem contar que a ajuda a escrever e a relacionar-se melhor socialmente.
Hoje em dia parece ser que o interesse pela leitura tem experimentado um crescimento por parte das crianças. E a oferta tem acompanhado essa demanda. As editoras de livros infantis não só aumentaram a quantidade de produtos como também melhoraram sua qualidade. Se damos um passeio pelas livrarias e bibliotecas infantis, podemos encontrar uma infinidade de livros repletos com as mais curiosas ilustrações, cheios dos temas mais interessantes... Cada dia são mais irresistíveis!
Além dessa oferta de livros, nota-se também que foram criados espaços de leitura exclusivamente para as crianças nas escolas, bibliotecas, livrarias, etc.
Os livros já ocupam espaço em muitos quartos de crianças, desde sua idade mais pequena. Isso demonstra que os pais estão cada dia mais conscientes do valor da leitura. E serão eternamente agradecidos por isso.

Fonte:
http://br.guiainfantil.com/leitura-infantil/94-estimulos-a-leitura-infantil.html

Palavras Andarilhas

Palavras Andarilhas - Cristina Taquelim

Entrevista completa :

http://videos.sapo.pt/zOT5Rh6tKOcyPRUJdV6Y

Palavras Andarilhas - A Cachupa - Miguel horta

Entrevista com: Cristina Taquelim

Cristina Taquelim é mediadora de leitura e é nessa qualidade que trabalha com narração e
promoção da leitura. Sobre si diz: “ Nasci a primeira vez – que me lembro – numa pequena cidade do Sul e desde então tenho nascido todos os dias. Todas as vezes que se rasgou uma cortina e se abriu um pouco mais o meu olhar interior. Todas as vezes que se alargou a minha compreensão do mundo e dos homens. Morro também todos os dias... na morte da rigidez e inflexibilidade do ser que sou e que vai morrendo em cada pequena traição ou descoberta, para se transformar em pedra ou vento, para se perder ou se libertar... e a razão em estar aqui hoje, de trabalhar em livros, contos e leituras, é apenas e mais uma vez, essa estranha necessidade que desde sempre me acompanha de nascer e morrer, de transformar e transformar-me”.

Assista a entrevista completa:
http://videos.sapo.pt/zOT5Rh6tKOcyPRUJdV6Y

Truques para incentivar as crianças à leitura

Infelizmente ouvimos , com certa frequência , crianças de 6, 10, 12 anos a dizer que detestam ler. O escritor e ensaísta Rolande Causse ensina alguns truques que pretendem introduzir as crianças no maravilhoso e fascinante mundo da leitura. Passo, assim a enunciar algumas das astúcias para os pôr a ler:
Objecto livro: É preciso que eles tenham prazer em virar a página e descobrir as imagens. Por que não oferecer um livro de fotografias, um albúm de história, qualquer livro que tenha imagens atractivas.
Literatura e gulodices: Para organizar em casa: associar livros e divertimentos. Convidam-se amigos, fazem-se os petiscos que eles mais gostam e cada um lê um bocado de um livro à sua escolha.
Eles escolhem ... nós lemos: Na livraria, têm carta branca para escolherem um livro. De regresso a casa lemos-lhe o livro ... com entoação, graça, teatrialidade. Isto também funciona com os crescidos. Miraculosamente, ao virar uma página eles pegam no livro para dizerem: " Agora eu continuo sozinho."
Era uma vez ... Jogos de vídeo, desenhos animados japoneses ...esta é uma geração que nasceu num banco de imagens. Deste modo, não devemos esquecer os contos tradicionais, pois fornecem metáforas, personificações literárias que os vão ajudar na construção do imaginário e que os os hão-de levar a outros tipos de leitura.
Companheiro indispensável: Vão almoçar fora ao jardim ou esplanada: " Trouxeste o teu livro?" O livro deve passar a ser o novo companheiro, o objecto de transição - `semelhança dos ursos de peluche, ou qualquer outro brinquedo. Note que este hábito deve ser criado desde o berço.

Biblioteca fantasia




Estes são dois exemplos de bibliotecas fantasia em miniatura. É sem dúvida um excelente trabalho que deve ter exigido muito empenho e dedicação.
Parabéns ao autor (a)!



















Fonte: Flickr
http://balcaodebiblioteca.blogspot.com/search/label/Curiosidades

10 mitos sobre bibliotecas públicas e bibliotecários


Existem alguns mitos sobre bibliotecas e bibliotecários que por vezes afastam alguns utilizadores da porta de acesso local à informação e ao conhecimento : as bibliotecas. Porém, aconselho a leitura deste artigo e em seguida a visita às bibliotecas públicas. Verá que terá vontade de lá voltar.
1. Os bibliotecários têm muito tempo para ler no trabalho - FALSO. As funções de um bibliotecário são muito variadas: catalogação, indexação e classificação de recursos; acompanhamento e orientação de utilizadores; promoção de iniciativas de difusão da informação, entre outras. Sublinho que convém que os profissionais da informação estejam bem informados sobre o que se passa a nível mundial para proporcionar um melhor serviço aos seus utilizadores. Deste modo , a leitura de jornais e revistas é essencial para o sucesso , no serviço de referência.
2. Todos os bibliotecários são leitores rápidos - FALSO. O bibliotecário, tal como qualquer leitor, tem o seu próprio ritmo de leitura.
3. Os bibliotecários não são fisicamente atractivos - FALSO. Quem sabe se não anda por aí uma bibliotecária parecida com a Angelie Jolie e um bibliotecário parecido com o Tom Cruise?
4. As bibliotecas públicas são somente ocupadas durante o período escolar - FALSO. Durante todo o ano , as bibliotecas tentam atrair os utilizadores com actividades, no âmbito da promoção da leitura. Além disso, as bibliotecas públicas tem outro tipo de utilizadores: adultos, idosos e crianças em idade não escolar.
5. As bibliotecas públicas são somente ocupadas durante o Verão , pois as crianças estão de férias - FALSO. Durante o período escolar são normalmente promovidas visitas de estudo e muitas crianças procuram as bibliotecas como um local de estudo e pesquisa.
6. As bibliotecas são visitadas somente por utilizadores que não têm recursos para comprar os seus próprios livros - FALSO. As bibliotecas públicas disponibilizam uma variedade de serviços , não se restrigindo apenas ao empréstimo. 7. O trabalho da biblioteca é aborrecido - FALSO. Estão a brincar? Um trabalho onde é possível proporcionar informação e o conhecimento aos cidadãos, permitindo o seu desenvolvimento cultural só pode trazer alegrias. Além disso, as bibliotecas são locais onde são promovidas actividades de lazer (visitas de estudo, entrevistas com escritores, hora do conto e etc). Garanto que é muito estimulante utilizar a nossa imaginação e criatividade para promover a leitura e o livro.
8. Usar um computador na biblioteca é inconveniente e complicado - FALSO. Onde mais pode você usar um computador gratuitamente, sem ter de se preocupar com o software, os programas e suas actualizações e anti-vírus. Se a impressora bloquear só necessita de pedir o auxilío de um funcionário e ele resolve o problema. Se tiver dificuldade nas suas pesquisas, basta também pedir a orientação de um profissional da informação. É muito simples!
9. Você tem que esperar eternamente para conseguir um bestseller ou um filme recente - FALSO. Com certeza haverá a preocupação de criar uma lista de interessados no livro ou filme com a respectiva data do pedido. Poderá ter que esperar um pouco, mas lembre-se que a paciência é uma virtude.
10. Os bibliotecários são felizes em seu trabalho. Finalmente, um mito que é VERDADEIRO.
Fonte:
Publicada por Cláudia Lopes

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Baú Intinerante!

O Baú das letras foi convidado para ler histórias e saiu da Biblioteca, carregado de livros e outros adereços.

No Centro de Acolhimento Temporário -Gaivota. pelo Dia de São Martinho. Aqui foi contada a lenda deste santo e foram lidas outras histórias.

No Centro Infantil - A Semente
O Baú levou contos e música de Natal.



14 de Maio de 2010

O Baú tem vindo a consolidar as suas actividades e tem visitado vários espaços educativos.
Durante a Semana da Leitura / Maré de Contos, visitou várias escolas e infantários e levou muitos livros, muitas histórias, que deliciaram os mais novos.

Desde aí não tem parado.
Esteve presente na Feira da Juventude, preparou duas leituras encenadas, com crianças, para serem apresentadas aos idosos dos lares e centros de dia que visitam a biblioteca.

Tentaremos que neste espaço, d'O Baú Itinerante, sejam dadas as notícias actualizadas dos vários percursos deste grupo de leitores / contadores de histórias que vão percorrendo o concelho.
































































A Casa Muito Engraçada- Vinicius de Moraes

A Casa Muito Engraçada- Vinicius de Moraes

http://www.youtube.com/watch?v=le2PsqaW8xs&feature=related

O Sapo não lava o pé - DVD Galinha Pintadinha

http://www.galinhapintadinha.com.br/

LA CANCION DE LAS RANITAS

http://www.youtube.com/watch?v=A4xeidmjy6s&feature=related

O Pato - Toquinho

http://www.mundodacriança.com/

Aquarela - Toquinho

Documentário: Teatro de Sombras de Ofélia

Teatro de Sombras de Ofélia

Teatro de Sombras de Ofélia

domingo, 24 de janeiro de 2010

"Diàrio inventado de um menino já crescido"



Todos nós vivemos acontecimentos extraordinários, conhecemos pessoas especiais, presenciamos momentos irrepetíveis. O problema é que, quando começamos a crescer, começamos também a esquecer muitos desses acontecimentos, dessas pessoas, desses momentos. É para isso que servem os Diários. Para guardar a nossa memória. Um dia, resolvi chamar o menino que já fui à escrita e pedi-lhe para escrever algumas das coisas de que ele ainda se lembra: os colegas, a avó, o pai, as múltiplas e, por vezes, contraditórias aprendizagens de que é feito o nosso crescimento. E assim nasceu este Diário que é um bocadinho verdadeiro e um bocadinho inventado e que foi escrito pelo menino já crescido que sou."
É o próprio José Fanha que assim fala sobre o seu livro que apresentámos aos nossos jovens em Monção. Um texto de grande fluidez e capacidade comunicativa que aproxima o discurso literário do quotidiano escolar: estabelece-se uma cumplicidade entre o leitor e o escritor quando este partilha as suas experiências naquela mesma idade. Mas os temas não são inocentes. Criam atmosferas emocionais importantes para uma educação sentimental e tocam em assuntos sérios como o Racismo, o Machismo ou ainda a Morte (como em "Para sempre"- um belo e tocante texto). Eis algumas das razões que nos levaram a escolher esta obra como um dos nossos "livros de mão".




Fonte:
Publicada por Miguel Horta no Blog tasse a ler em 18:37 3 comentários
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O Teatro de sombras de Ofélia


Quando for velha quero ser como Ofélia: amar as palavras, acolher as sombras que vagueiam pelo mundo, sem dono e recitar-lhes as palavras dos grandes poetas que os anjos também conseguem entender. Quando for muito velha quero ser como Ofélia e ter o meu teatro de Luz, onde possa aprender "como é mesquinho e como é grandioso, como é triste e como é divertido ser homem e viver na Terra ". Há livros que... mesmo falando de sombras, nos iluminam o olhar.....

Editora: Ática
Autor: FRIEDRICH HECHELMANN & MICHAEL ENDE